A SERRA DA ESCAMA SOB OLHAR DA CIÊNCIA

A SERRA DA ESCAMA SOB OLHAR DA CIÊNCIA. Veja...

A SERRA DA ESCAMA SOB OLHAR DA CIÊNCIA

Ao longo do tempo, após retornarmos de andança por diversos municípios do Pará e Amapá em busca de oportunidade, situação bastante comum para a grande maioria de jovens que concluem o Ensino Médio nesta terra devido à espantosa falta de oportunidade – claro que há alguns anos atrás não existia UFOPA ou IFPA, mas ainda assim, as oportunidades de empregos bons, eram e ainda são bastante rarefeitos neste torrão.

Porém, ao retornarmos pudemos observar com mais cuidado aos aspectos que envolvem a Serra da Escama, aquela que está diante de seu olhar, que está à sua direita, à sua esquerda e à frente dos que aqui residem e podem durante todos os dias de suas vidas viver os aspectos deste chão.

Daquele momento para cá as diversas idas e vindas ao alto daquele monte nos proporcionou maiores e melhores impressões ainda sobre sua diversidade e as inúmeras oportunidades que se apresentam, principalmente se você é estudante ou professor das mais diversas áreas de conhecimento tanto para o ensino fundamental, médio e superior.

Dentre as incontáveis impressões, a mais notável e estimulante foi perceber o brilho no olhar de um casal de biólogos que pela primeira vez tiveram a oportunidade concretizada de estarem lá no alto da daquela Serra, diante da fauna e flora obidense, a apenas algumas centenas de metros distante do centro comercial deste lugar. Claro, que os desavisados poderão pensar que “nossos jacarés tropeçam” nas pessoas aqui. Não é nada disso, apenas, estamos na Amazônia e a vida ainda é muito mais saudável para este povo do que nos grandes centros urbanos Mundo afora.

De qualquer forma, essa condição permite com que os estudiosos das diversas disciplinas possam obter ótimas oportunidades de pesquisa de campo como as que temos por exemplo, diante da Biologia, da Física, da Matemática – ao considerar a diversidade do meio ambiente, a presença dos Canhões Armstrong e o sistema e ângulos de movimentação que o sistema de engrenagens proporcionava quando aqueles estavam em pleno funcionamento.

Claro que podemos incluir a posição geográfica e o relevo para tratar da geografia, as diversas transformações químicas que acontecem no meio ambiente através do processo de poluição que acontece atualmente pelo mundo e seu contraponto com o ambiente local, a educação física perceptível pelo viés uma caminhada e as inúmeras oportunidades que podem ocorrer diante de uma trilha ecológica.

Todos esses aspectos aliados também a um discuso sociológico e/ou filosófico sobre a história social de Óbidos durante os diversos momentos da ciência favorecem, inclusive, a revisão e análise do texto escrito pela literatura e língua portuguesa.

Em todo caso, se mesmo assim, o ato de subir a Serra e as diversas impressões que possamos obter do e no lugar não sejam suficientes para registro através de uma fotografia ou um vídeo, ainda assim abre-se espaço para a produção de pinturas, esculturas e objetos artísticos em geral.

Todos esses pontos expostos são apenas itens de um universo de possibilidades que o local Serra da Escama pode proporcionar diante das diversas Ciências. O que nos cabe aqui é abrir o diálogo sobre essa questão como um referencial que já vem sendo apreciado e utilizado como elemento didático/metodológico em campo e que permitiu a vinda de professores e alunos do Flexal e Igarapé Açú, de Escolas como o São José e Maurício Hamoy, de Escolas como São Francisco e tantas outras que se propuseram através de Gestores, Professores, Alunos, Pais e Pessoal de Apoio a fazer da Serra da Escama a “sala” de aula para viverem, simplesmente, uma aula fora do trivial, mas, de caráter simples e inesquecível para alguns, que ao longo de suas vidas nunca tiveram a oportunidade conhecer e de repente, pela Escola, pela Ciência, pela Comunidade escolar, aconteceu e pode acontecer.

Assim, divagações à parte, mas a impressão que pudemos ter ao vermos o olhar de curiosidade e satisfação dos Biólogos e Professores Iata Anderson e sua esposa Elisete Ferreira é que foi gratificante demais estar ali no meio de tanta informação. O olhar de curiosidade, satisfação e apego à área de atuação se perturbava diante de tamanha diversidade, pois de um detalhe em uma folha, o emaranhado de um pequena teia impressionava, mais ainda, de repente uma enorme aranha surgiu diante de seus olhos do meio do nada, do meio da folhagem no chão.

Enquanto observávamos o casal de Biólogos impressionados e atentos com a fauna e flora local, nem percebíamos que mais impressionados estávamos nós com as impressões expressas desses estudiosos… vejam as imagens.

Por Márcio Rubens

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Historiador, Blogueiro e Social Media...

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